08/08/13

Lógica da batata

- Agora é hora de arrumar os brinquedos. Vá, vamos todos ajudar-te.
- A mamã e o papá ajudam. A Emma e o Sushi não. Eles não têm mãos.


04/05/13

Obrigada... mas... não, obrigada!

Já há algum tempo que não vamos para fora nas férias. "Para fora" é tão simplesmente ir para a casa dos meus pais no Algarve e não realmente para fooooora. É o único sítio onde podemos levar os cães à vontade, portanto é o único sítio onde passamos férias. Ou então ficamos por cá - que é o que tem acontecido nos últimos tempos por uma sucessão de motivos.
Neste verão iremos. Mas agora além dos cães há que considerar que existe a Danoninha e que naquela casa não está nem remotamente preparada para a receber - a varanda é perigosa, as janelas perigosas são, não há trancas nos armários, nem amortecedores nas esquinas, nem proteção nas tomadas, o gás é de botija, é preciso guardar a lenha da lareira fora de alcance, etc etc etc.
Os meus pais estiveram lá estes dias e por isso aproveitámos para fazer um levantamento e pensar bem nestas questões. Porque quem diz estas férias, diz as próximas, diz as férias que ela fará com os avós, etc.
A minha mãe quer decorar o meu antigo quarto (entretanto ocupo o que era do meu irmão porque tem cama de casal) para ser o quarto da princesa. Mas eu o que quero mesmo é poder ter umas férias sem andar sempre stressada com os perigos - ainda para mais desde que tive um pesadelo terrível que envolvia precisamente uma varanda agora estou em modo paranoica.

A meio da conversa sobre os preparativos para as férias a minha mãe sai-se com uma: "Se quiseres deixar os cães, nós tomamos conta deles." Hein? Ok, a intenção é boa, e se fossemos uns dias tipo à Eurodisney ou assim até que esfregava as mãos de contente e sei que os cães ficavam na boa mas... tratando-se das férias grandes, indo para um sítio que já é escolhido de propósito a pensar neles... não tem muita lógica... e sobretudo... o que faríamos nós sem os pelos no chão e as lambidelas nos pés descalços??? Eu já acho a casa demasiado silenciosa enquanto o Dono os passeia, quanto mais!


03/05/13

Tadinha da minha trenguinha

Ontem fiquei com tanta pena da Emma...

A Danoninha estava a jantar e enxutava-a para não ser toda lambida: "sai daqui, Emma!" .
Então a Emma foi para a sala ter com o Dono, que queria ver o jogo do Benfica em paz (se bem que paz mesmo só a teve quando o jogo acabou) e também a enxutava: "que chata, Emma, sai da frente, deixa-me ver".

Quando a Emma veio ter comigo vinha com um ar tão tristinho... com aqueles olhinhos, sabem? Então lá levou uma dose extra de mimo e pronto. (E eu fiquei com uma dose extra de pelos na roupa - sim, it's that time of the year... again!)

21/04/13

As vergonhas que eu passo...

Então agora volta e meia a Danoninha diz, referindo-se a ela própria pelo nome que ela decidiu adotar como seu, "Ai ai ai ai, a Nena portou mal".
De onde é que ela tirou isto? De tanto ouvir-nos a refilar com... a Emma, claro está!
Eu bem que respondo. "Não, filha, não portaste nada mal. Mesmo que te tivesses portado mal, a mamã gosta sempre de ti."
Mas o certo é que provavelmente ela anda lá pela creche a auto-acusar-se e já devem achar que eu sou uma ditadora...

18/04/13

17/04/13

As melhores desculpas para não ir para a cama

É raro, porque a Danoninha é uma dorminhoca de primeira, mas já tem acontecido a cama dela estar com molas, estão a ver? E nessas alturas todas as desculpas para protelar o "adeus, até amanhã, dorme bem" são boas. As mais habituais prendem-se com coisas que ela precisa MESMO de ir fazer naquela altura e não podem ser deixadas para depois:
- dar um beijinho na bochecha do papá.
- ir fazer xixi e cocozadas ao bacio.
- dar festinhas aos cães.

É o que eu digo: com saídas destas, e a começar tão cedo, não vou conseguir resistir-lhe. Sempre ouvi dizer que os miúdos encontram as nossas fraquezas e exploram-nas. Mas isto é mesmo jogo baixo... :)

16/04/13

Girl power


Uma Dona Mãe que se fala (e escreve) que se farta.
Uma Danoninha que já faz sequências de frases. (Ontem ao jantar: "Não quero mais sopa, mamã. Come tu." - a minha alma fica parva...)
Uma cadela que ladra e choraminga e se abanica e salta e se empoleira e dá a pata e faz olhinhos e sei lá mais o quê, que ela quando quer comunicar está por aí.

Vivam as "mulheres" desta casa! E vivam os tampões para os ouvidos para evitar que o Dono enlouqueça!

08/04/13

Com birras destas quem é que lhe resiste?

Ao contrário do que é costume, ontem a Danoninha acordou da sesta um bocado mal-humorada e quando  estávamos a arranjá-la para sair dizia que não queria ir connosco - queria ficar em casa com a Emma e o Sushi. Tivemos tanta vontade de rir que nem imaginam. (E depois fomos os três ao supermercado e ela divertiu-se imenso a dizer o nome de todas as frutas e legumes. As crianças contentam-se com tão pouco...)

06/04/13

A nova palavra é...

"chata"

A Danoninha já dizia que a Emma é "maluquinha" (com direito a espetar o dedinho na testa para fazer o gesto correspondente) e agora aprendeu também a chamá-la de "chata".

- Sai daqui, Emma. Que chata! Vai para a cama!

(Sim, o tempo voa e a minha filha já formula frases completas. E esta é a frase que ela mais nos ouve dizer durante as refeições e que repete tal e qual.)


O problema é quando estou a comê-la com beijos e ela também me chama de chata. Mas verdade seja dita depois vem sempre pedir mais hehehe

04/04/13

O barato sai caro

Pois não sei se as coleiras vão durar até eu lhes tirar foto...

03/04/13

Primeiras impressões

Está a fazer um ano do nosso grande susto com a Emma. Está a fazer um ano que o cão da minha chefe morreu.
E sei disso porque está a fazer um ano que estou neste emprego e a razão pela qual comecei a trabalhar numa 3ª feira à tarde e não logo na 2ª de manhã foi porque a minha chefe me disse que não tinha cabeça para estar presente a dar-me boas-vindas quando tinha o cão a morrer.
E, além de ter achado uma coincidência bizarra - à que se junta outra: o facto de a filha dela ter o mesmo nome que a minha cadela -, lembro-me que isso me fez gostar logo mais dela. Tal como tinha gostado do tio dela (para quem trabalhara desde antes de engravidar mas por altura de eu regressar da baixa + licença já ele tinha vendido a empresa, para minha grande infelicidade porque detestei o novo dono), desde que nos conhecêramos na entrevista de emprego, com um gato a dormir em cima do meu CV...

02/04/13

Arejar a casa

Já tentei chamar o bom tempo de todas as formas que me ocorreu, agora decidi fazer uma limpeza geral aqui no blog, incluindo mudar a cor do fundo para uma mais primaveril, portanto pode ser que as minhas "preces" sejam ouvidas (e atendidas).
Aproveitei para limpar a barra direita (juro que comecei a escrever esquerda, será que algum dia vou atinar com a lateralidade???) simplesmente porque deixei de achar graça a ter tanta "bugiganga" e no espírito less is more também tirei do blog roll alguns blogs que já tinham cotão. Eu bem sei que não tenho sido muito assídua mas nunca fiquei um ano inteiro sem escrever por aqui algumas linhas... Mesmo assim, houve uns quantos que bem me custou apagar - afinal, temos sempre uns preferidos e ainda me lembro de quando os espreitava todos os dias. Fico sempre a pensar o que será feito dessa malta. Deixaram de ter tempo / paciência para bloggar? Deixaram de ter coisas para dizer? (E isso é possível???)

01/04/13

A liberdade vem com responsabilidade... e com a idade?

Há 3 razões pelas quais não passeamos os nossos cães sem trela:
- essencialmente porque aterrorizam o bairro inteiro (a Emma salta para cima de pessoas acabado por as derrubar, já para não falar em sujar, e o Sushi mostra o seu lado Frankenstein sempre que há outros cães por perto)
- entram em modo aspirador e devoram tudo o que puderem (ração deixada para os gatos vadios, restos de comida que eventualmente estejam pelo chão, cocós que desenterram, enfim... basicamente tudo)
- só o Sushi volta para casa... e mesmo assim... anda a aprender com a mana e faz-se um bocado de surdo

Bom, e também porque é proibido e não nos queremos meter em alhadas (vide ponto nº 1).

Mas na semana passada, mais concretamente na véspera do 6º aniversário da Emma, quando o Dono estava a passeá-los cruzou-se com um labrador chocolate ainda cachorrito e como os cães estavam a brincar todos tão divertidos ele não teve remédio senão tirar-lhes a trela para não ficar tudo enrodilhado. Conformado com a ideia de que a Emma iria bater em retirada, o Dono decidiu, com aquela calma que só ele, vir deixar o Sushi a casa e aproveitar para apanhar as chaves do carro para ir atrás dela - como teve de fazer no passado várias (todas) vezes. Pois para seu grande espanto (e meu, quando ele me contou), não é que a Emma voluntariamente o seguiu para casa? Uau uau uau, mas que grande sinal de maturidade. Que esperança ao fundo do túnel. Que maravilha!!!

Até que, no dia seguinte, ou melhor, na madrugada seguinte, já bem tarde (ou bem cedo, depende do ponto de vista), o bairro vazio e silencioso e a dormir, quando a chuva deu tréguas e o Dono os levou a passear e, inspirado pelo bom comportamento da véspera, achou que como prenda de anos para a Emma seria giro soltá-los... acabou por ter de voltar a casa para deixar o Sushi e apanhar as chaves do carro.

I rest my case.

20/03/13

Coleiras

Então ao que parece se não for paralisia facial poderá ser síndrome de Horner, o que seria melhor porque é passageiro. Há suspeitas que o uso de estrangulador seja prejudicial para o estado em que o Sushi continua (com um dos olhos descaído como um "hush puppies") e por isso nunca mais voltámos a usar. Aliás, normalmente usamos peitorais, só que quando chove dá mais jeito a coleira estranguladora porque escusa de ficar o peitoral todo molhado e sujo.
A solução foi finalmente comprar umas coleiras normais - com tanta coisa que ao longo dos anos já comprámos a estes cães, eles nunca tinham tido verdadeiramente coleiras porque sempre achámos feio ficarem com marcas no pelo e gostamos que tenham liberdade quando estão em casa. Tinham as correntes estranguladoras com chapa identificativa que só usávamos, como disse, para passeios à chuva, ou então durante as férias - porque fora do nosso bairro ninguém os conhece e faço questão que estejam bem identificados. Chip ou não chip, é tudo tão mais fácil e rápido se os animais têm uma placa ao pescoço.
Portanto, entre aniversários e dias do pai, os cães também ganharam uma prenda. (Fica prometida uma foto para vocês matarem saudades.)

19/03/13

Há dois anos...

Acordei com uma sensação esquisita, desconhecida.
O Dono disse: "Precisas é de comer qualquer coisa, vou preparar-te o pequeno-almoço." (O homem conhece-me bem, o que posso dizer?)
Eu fui à casa de banho. Era um caminho que conhecia bem, era o único que tinha percorrido nos últimos meses, acamada que estava desde muito cedo na gravidez, e percorrera-o tantas vezes como só as grávidas que me estiverem a ler compreenderão. E eu nesse dia estava já muito grávida, tão grávida que não via os pés, tão grávida que tinha uma cesariana marcada para daí a 48 horas.
Não demorou muito até que percebesse que algo estava a acontecer. Não há cena de filme nem curso de pós parto que realmente nos prepare para quando chega a nossa vez, mas ajudam. Chamei o Dono: "Cancela o pequeno-almoço, rebentaram-me as águas."
Houve um pequeno instante de "Não era suposto ser assim", acho até que choraminguei e deitei as mãos à cabeça. Afinal, tinha passado os últimos meses a servir de incubadora, quietinha numa cama para a pipoca não saltar cedo demais, e depois passara as últimas semanas a dar voltas à cabeça para escolher uma data para a cesariana porque a pipoca não poderia nascer de parto natural, e portanto achava que as coisas deveriam ser de uma certa maneira que não aquela. E além disso a culpa era das hormonas. A culpa é sempre das hormonas, ok?
Ali, na casa de banho, na mesma casa de banho onde tínhamos descoberto juntos que íamos (finalmente) trazer uma vida ao mundo, descobrimos que esse momento tinha chegado. O Dono abraçou-me emocionado, tal como uns meses antes, e disse. "Mas é assim que vai ser e vai ser espetacular."
E foi. Tem sido. E vai continuar a ser.

Ele ajudou-me a vestir-me e a calçar-me (um pormenor importante), depois eu fui fazer uns telefonemas. Primeiro para a maternidade conforme tinha sido instruída a fazer se entrasse em trabalho de parto antes da data da cesariana, para que pudessem mobilizar a equipa para uma cesariana de emergência. Depois para o meu obstetra, que me tinha avisado que aos fins de semana estava sempre fora de Lisboa e precisava do máximo aviso prévio para chegar a tempo. Depois para a minha mãe, que estava a fazer arroz doce para o almoço do Dia do Pai que estava marcado. Depois para a minha sogra, para a avisar que o almoço do Dia do Pai teria de ser no hospital. Depois reuni os últimos exames e pu-los ao pé da mala há muito preparada, repreparada, mexida e remexida, cheia de roupinhas cor de rosa e botinhas tricotadas com amor e sonhos e princípios.

O que fez o Dono no entretanto? Passeou os cães, claro.
Bom, e também forrou o banco do carro com sacos do lixo. Porque nunca conheci ninguém tão calmo em momentos de stress, e tão prático... e tão cocózinho com o carro. E porque no curso pré-parto nos tinham dito que o líquido amniótico cheirava a esperma (mas eu acho que cheira a lixívia).
E depois demos umas festinhas aos cães e fomos conhecer a Danoninha.

O Dono conduziu que nem um doido, até porque as contrações entretanto começaram, em força e pouco espaçadas, do género "vou ter a bebé mesmo aqui". Eu morria de vergonha pelas manobras que ele fazia e punha-me a fazer aquelas respirações do parto na esperança que as pessoas nos outros carros percebessem que não éramos doidos, éramos apenas grávidos em trabalho de parto.
Soube depois que os meus pais e os meus sogros também fizeram algumas manobras pouco recomendáveis, mas avós que se prezam estão na sala de espera histéricos, não é verdade?

Do parto propriamente dito só tenho boas recordações. O anestesista tinha uma toca com pegadas de animais, o que imediatamente me fez desatar a falar sobre os cães. Depois ele pôs música clássica, o que me imediatamente me fez refilar, até que ele pôs Muse. Sim, a Danoninha nasceu ao som de Muse.
Eu falei sobre TUDO o tempo TODO.
Escusado será dizer que, numa maternidade pequenina onde só havia mais 2 ou 3 grávidas penso eu, no dia seguinte já toda a gente sabia quem eu era. Era a tagarela, com a filhota de lindos casacos tricotados à mão e muitas visitas enfiadas no quarto.
 
Nos dias em que fiquei internada na maternidade, o Dono nunca ficou lá connosco para que os cães não ficassem sozinhos e os seus horários de passeio e alimentação fossem alterados ao mínimo. Todos os dias quando se ia embora o Dono levava peças de roupa sujas da bebé para dar-lhes a cheirar e depois espalhar pela casa para criar habituação, tal como nos tinham aconselhado.
E sim, deve ter-lhe custado imenso não poder lá ficar connosco. E sim, a Emma substituiu-me na cama.

Fomos para casa no dia 22, o Dono levava a Danoninha no ovo e eu entrei primeiro e os cães fizeram-me uma grande festa. Depois pousámos o ovo e deixámos que eles conhecessem a minúscula bebé à maneira deles. O Sushi nunca ligou nem stressou muito, e formulámos a teoria de que na vida anterior dele (a vida que teve antes de ser nosso e da qual nada sabemos) já tinha convivido com crianças. A Emma ficava agitada com o choro, vinha-nos chamar, quase que revistava as visitas que chegavam. Fiéis a si próprios, portanto.

Passaram-se dois anos e a Danoninha tem crescido linda, esperta e saudável. Pergunta pelos cães, faz-lhes festinhas, refila com eles. No mundo dela nem sequer se concebe outra realidade que não a de ter dois monstrengos a coabitar com ela e a mamã e o papá. Eles fazem parte do dia a dia, das coisas que lhe ensinamos, dos valores, responsabilidades, enfim... da vida em família.
Ter filhos e cães não é nenhum drama. Exige alguma ginástica, para conciliar horários, passeios, atenção, limpeza, brinquedos. Mas não é nenhum drama. É, aliás, muito muito muito muito FIXE!




18/03/13

As coisas tolas de que gostamos uns nos outros - Sushi

coisas tolas de que gosto no Sushi:
que se roce em nós como um gato
o barulho que faz quando boceja e que lhe valeu a alcunha de hipopótamo, embora eu não saiba que tipo de barulho os hipopótamos fazem
a força bruta... e a meiguice
quando pede autorização para subir para o sofá
que goste de maçãs (e tudo o que eu estivesse disposta a dar-lhe)

17/03/13

As coisas tolas de que gostamos uns nos outros - Emma

coisas tolas de que gosto na Emma:
as pestanas loiras
o "ronronar" quando lhe coçamos os quadris
a beijoquice
a maneira escarrapachada como se senta, apesar de ser por causa da displasia...
as posições em que dorme
o facto de ser só uma mas encher tanto a casa

15/03/13

O tempo voa... e à velocidade supersónica!

Em preparativos para o 2º aniversário da Danoninha (e com direito a prendas também para o papá, o meu pai e o meu sogro), o 31º do Dono, o 6º da Emma, o 66º do meu pai e o 54º da minha sogra... ai que eu vou mas é à falência!

14/03/13

As coisas tolas de que gostamos uns nos outros - Danoninha

coisas tolas de que gosto na minha filha:
que se descalce e cruze os pés quando está na cadeira de papa
que pergunte pelos cães
que goste de livros
que acorde sempre bem disposta
que ande a cantarolar pela casa
que veja bem ao longe
que tenha chicha para eu dar beijinhos
que goste das macacadas todas que o pai lhe faz e ainda peça mais
que tenha as minhas pestanas (podia até nem ter mais nada meu)






11/03/13

Paralisia facial

O Sushi apresenta indícios de paralisia facial. Não consigo descrever isto melhor do que dizendo que o olho esquerdo parece o de um basset hound. Faz um bocado de impressão, por ser só o esquerdo, e por não ser o normal nele, que até tem uns olhos rasgados tão bonitos... tão... orientais como o nome!
O vet diz que ele não sofre, first things first. E diz que pode passar com a injeção que ele hoje levou, mas também que pode piorar - que a seguir ao olho, poderá ser a boca, a orelha, o focinho. E que não poderemos fazer nada.
E diz também que não tem a ver com stress, nem com a idade. E que não é grave, nem o afeta em grande medida (não lhe tira a visão completamente, nem lhe causará perda de audição se ficar com isto na orelha, por exemplo).

E portanto aconteça o que acontecer é amá-lo igualmente. Mesmo que a cara dele não esteja igual. Mesmo que pareça que teve uma trombose, mesmo que se babe todo, mesmo que tenha dificuldade em mastigar.


É o melhor cão do mundo, o nosso. E cada vez mais penso no princípio do fim.

08/03/13

O preferido

Já me têm perguntado se a Danoninha demonstra preferência por um dos cães. Talvez pelo Sushi. Ou então pela Emma. Não sei. Ela pergunta igualmente pelos dois e quando faz festinhas a um vai também fazer ao outro - faz o mesmo em relação aos beijinhos, se me dá a mim vai logo dar também ao pai, é uma querida. É certo que refila mais com a Emma (porque o Sushi não lhe dá motivos para isso) e aprendeu a dizer o nome da Emma primeiro (deve ser por tanto nos ouvir a gritar com ela) mas é também é com a Emma que ela brinca mais. Portanto... Não sei.

04/03/13

Saudades

A Danoninha é muito dorminhoca (como o papá e a mamã e a Emma e o Sushi hehehe). Sempre teve os ciclos de sono a bater certo com o dia/noite, sempre dormiu a noite toda, ao fim de semana até dorme um pouco mais, dormiu 2 sestas de 2 horas cada até fazer 1 ano, agora dorme só uma sesta mas sempre de 2 horas também, enfim... é uma dorminhoca, bendita seja.
A questão é que ela só gosta de dormir na cama dela. Contam-se pelos dedos as vezes em que dormiu no carrinho durante um passeio, nunca dormiria uma sestinha em casa de mais ninguém (a não ser dos avós, mas mesmo assim...) e isso significa que estamos "condenados" a ficar por casa nas tardes de fim de semana para ela dormir a sesta.
Ora ontem estávamos a almoçar em casa dos meus pais e ela já estava podre de sono e até nos daria jeito que dormisse a sesta lá porque aproveitávamos para irmos os dois fazer umas compras, mas qual quê? Ela insistia em ir para casa.
Dizia que tinha sono. Mas que queria ir para casa. Porquê? Queria os cães. Ohhhh... Derreti. E lá fomos nós para casa. Para ao pé dos cães.

01/03/13

Danoninha in charge

A Danoninha já sabe dizer:

"Sai, Emma!" - quando quer passar
"Para a cama, Emma!" - quando está a comer
"Nãooo!" - quando não quer beijinhos


(Nunca a ouvimos refilar com o Sushi... porque será?)

28/02/13

Abandono

Não é irónico que eu seja tão fervorosamente contra o abandono de animais... mas depois o meu blog sobre animais esteja ao abandono? Até já tenho direito a comentários de spam e tudo! Isto é uma América!

20/02/13

Bingo

Confirma-se que a incontinência da Emma é mesmo só porcãolhice porque desde que tem a bendita da manta na cama nunca mais fez disparates (nem sequer no chão da cozinha, que é o cenário mais habitual, quase numa base diária, quando regressamos a casa).

Raio da cadela... O que eu pouparia em lixívia se tivesse um stock de mantas para nunca ter de as lavar...

14/02/13

ooops! SHE did it again!

Ainda o nosso edredão A não voltou da lavandaria e... eis que a menina dona Emma decidiu pregar-nos uma partida de Carnaval e repetir a gracinha, desta vez no seu estado sólido (nem cheguei a perceber por onde saiu "aquilo"). Na nossa cama. Sim. Na nossa cama. Sim. Outra vez.

Pausa para dizer asneiras.

Ok, limpa-se como se pode, põe-se tudo para lavar de imediato, espera-se que o colchão seque até ser hora de fazer a cama de lavado e ir dormir, blablabla
E encontrar uma lavandaria aberta para pôr o edredão B em pleno pseudo-feriado de Carnaval??? Tentei três! E só no dia seguinte é que tive sorte. Aliás, muita sorte, porque esta é mais barata do que a outra. Pelo edredão A com chichi pagámos 23,10 euros e pelo edredão B com cocó/vómito/ambos pagámos 14 euros. Por muito que poupar 9 euros nos faça sentir inteligentes, a verdade é que gastámos 37 euros (sem contar com água, luz, detergente e mão de obra, sobretudo na parte de passar a ferro as capas de edredão) com este duplo ataque de porcãolhite.

O Dono anda passadíssimo com a Emma, eu não ando menos mas... pronto, sou mais coração de manteiga e ando sempre "não lhe batas, não digas asneiras, não grites" e "olha que assustas a miúda, olha que a miúda fica traumatizada e depois não larga as fraldas" e coisas do género.

A minha teoria é que isto foi tudo porque deitámos as mantas das camas fora, ao fim de 5 anos de sucessivas tentativas de ressuscitar a cor original, e só ontem é que chegaram as novas. Ah, sim, já me estava a esquecer que também gastámos um dinheirão aí. Bom, pode ser que agora atine, pelo menos hoje de manhã a cozinha estava tão imaculada quanto ontem à noite.
Noutros tempos, teria primeiro comprado as novas mantas, só depois deitaria aquelas fora. Ou não me teria esquecido durante vários dias de procurar e encomendar as mantas. Mas bolas não é como se eu não tivesse lá posto umas toalhas no entretanto e até as fui trocando para não estarem sujas. O Sushi não reclamou, por que raios haveria a Emma de se armar assim em parva??? Esta cadela leva-nos à loucura. E a sorte dela é precisamente sermos loucos (por ela), porque infelizmente o que não falta aí é cães com outra "sorte" por muito menos.


07/02/13

Desfralde

A Danoninha fará 2 anos (JÁ??!!!) no início da primavera e supostamente iremos entrar na fase de lhe tirar as fraldas - digo "supostamente" porque não há calendário no mundo que me convença se eu não achar que ela está preparada, mas começa a apresentar sinais de estar perto disso portanto vamos lá a ver.
Mas se por um lado existe a possibilidade de a minha filha alcançar uma meta de desenvolvimento tão importante (e que representa uma igualmente importante poupança para nós), o mesmo não se pode dizer... da minha cadela.
Pois não é que a GAJA, só para não dizer pior, decidiu que lhe apetecia chamar à atenção, ou vingar-se de alguma coisa que desconheço que lhe tenhamos feito, ou seja lá que for o motivo, e... fez xixi na nossa cama? Sim, na nossa cama.
Ele foi capa do edredão, edredão, lençol polar de cima, lençol polar de baixo, resguardo do colchão e, para mal dos meus pecados, colchão também. NADA escapou. Ora toca de pôr tudo para lavar, toca de esfregar as manchas no colchão, toca de virar o colchão para o outro lado porque nunca mais enxugava, toca de fazer a cama de lavado e depois quem é que dizia que "toca a dormir"? Estava tão furiosa com ela que nem vos digo!
Tudo isto feito no máximo silêncio, pois claro, porque a Danoninha dormia no quarto ao lado e até com o bater das asas de uma mosca ela acorda.

05/02/13

Sinais dos tempos

Reparo em imensos paralelismos entre quando tive a Emma (e depois o Sushi) e agora desde que a Danoninha nasceu.

Dantes as pessoas perguntavam-me pelos cães, agora perguntam pela miúda (o meu ex-chefe ainda me pergunta muitas vezes pelos cães hehehe)
Dantes não me calava sobre os cães, agora passo a vida a gabar a última façanha da miúda.
Dantes corria para casa porque tinha de os passear, agora vou a morrer de saudades da miúda.

Não é que já não goste dos monstrengos como dantes, nada poderia estar mais longe da verdade. Mas muita coisa mudou desde que falava com as plantas (para quem não sabe, antes de aparecer a Emma eu falava com as plantas, depois elas morreram porque eu chegava a casa e ficava tão chateada com a sujeirada que ela fazia que até me esquecia de regá-las).
E da mesma forma que no início achava que nunca amaria outro animal como amo a Emma, e não queria ter mais nenhum, nem concebia a ideia de ter outro um dia que ela partisse, mas depois afinal senti um vazio que só ficou preenchido quando adotámos o Sushi (diz o Dono que já era o meu relógio biológico a apitar), agora também descobri este maravilhoso milagre da multiplicação - o meu coração é enorme e se a Danoninha ocupa um lugar gigante, o Dono também e os monstrengos também.

E uma coisa é certa: continuo a ter muito mais fotos deles no telemóvel do que dela hehehehehhehehe


01/02/13

Meio que sobre o Zico

Não achei necessário falar aqui sobre o Zico (embora tenha expressado a minha opinião assinando a petição e contribuindo para o movimento que se gerou a nível das redes sociais) porque acho que aquilo que escreveria é mais do que óbvio para o tipo de pessoas que imagino que vocês aí desse lado sejam.
Mas hoje vi a minha filha a pentear a Emma com a escova dela de quando era mesmo bebé (porque ela ainda é bebé mas já o foi muito mais...) e vi aquela cadela estouvada e abrutalhada a ter tanto cuidado com as patinhas que... juro-vos... vieram-me as lágrimas aos olhos.

Eu bem sei a despesa que os nossos cães nos dão, em tempos de crise.
Eu bem sei a chatice que é passeá-los à chuva, em pleno inverno super chuvoso como tem sido este.
Eu bem sei a trabalheira que dá manter a casa limpa para bem da Danoninha.
Eu bem sei a frustração que é tentar que os cães não façam barulho quando há uma criança de sono super leve a dormir que não convém mesmo nada que acorde.

Mas não nos passa pela cabeça nem por um milésimo de segundo que a nossa família fosse diferente. Por isso é que detesto todas as polémicas que surgem ocasionalmente, por cortesia dos meus colegas de profissão (ou melhor, ex-profissão) quando não há muito sobre o que falar, sobre o perigo que pode advir para as crianças por conviverem com animais ditos perigosos. Não estamos a falar de leões, ok? Nem estamos a falar, ou não deveríamos estar, de pais e donos completamente ausentes da equação.

Um pai/mãe é sempre responsável pelo seu filho. Um dono/dona é sempre responsável pelo seu cão. E ´tão simples quanto isto.

Se eu crio a minha filha rodeada de dois cães, também a educo para não os magoar, para não os assustar, para não lhes roubar comida ou brinquedos, etc etc etc. E se ensino aos meus cães comandos como "senta" e "fica" e outros que tal, também lhes faço saber que têm de respeitar a Danoninha por ser precisamente uma Dona+inha, isto é, mais uma Dona deles mas em miniatura. Eles não saltam para cima dela, não tocam nos brinquedos dela, nem interagem com ela usando o poderio a que recorrem connosco. Quando muito roubam-lhe ocasionalmente uma bolacha que ela esteja a comer, mas isso só a ensina a ser mais esperta e a não deixar a comida à mercê. Há muito a aprender, de parte a parte. E quem mais aprende sou eu - porque todos os dias dou valor à família que tenho, que construí e da qual me orgulho.

Quanto ao pobre Zico, e a tantos outros "Zicos", que pena que tenho de todas as vítimas - humanas e animais - da irresponsabilidade de quem deveria ser responsável.